quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Os Mitos do Amanhã


Sempre fui um grande fã de quadrinhos, pela qualidade das histórias, das personagens, da arte envolvida no processo de criação e muitos outros fatores. Admiro muito essa forma de arte. Quando ela é bem tratada e quando está em mãos certas, apresentam idéias para produzir grandiosas histórias, que serão lembradas por anos e anos. Poderia citar e, analisar, muitos autores e suas obras que tratam com o respeito merecido as HQ´s, mas, tratarei aqui de Alex Ross e duas de suas obras mais conhecidas: Marvels e O Reino do Amanhã.

Ross é mundialmente conhecido pela maneira como trata seus trabalhos, forma que poucos profissionais nessa área faz com a mesma intensidade. A paixão, o cuidado e a dedicação que ele tem para as HQ´s são únicas. Prova disso é o fato delas permanecerem como referência de qualidade e de profissionalismo mesmo muitos anos após as suas publicações. Marvels e O Reino do Amanhã são os exemplos mais do que perfeitos disso. Ambas foram criadas para as duas maiores editoras de quadrinhos dos EUA e do mundo, a primeira HQ para a Marvel, a segunda para DC Comics. Retratavam os heróis e os seus mitos de maneira única, realista e surpreendente.

Alex Ross baseou suas pinturas nos competentes e brilhantes roteiros de Kurt Busiek para Marvels e de Mark Waid para O Reino Amanhã. Vale lembrar que ele também colaborou com ambos os autores na criação das histórias. Em 1994 chegou às bancas Marvels, uma mini-série em quatro partes que tratava do ponto de vista dos humanos, o surgimento e a explosão dos super-heróis na época em que a própria editora Marvel surgiu, na década de 1960. O Reino do Amanhã surgiria em 1996, também em quatro partes, esta mini-série da DC Comics mostrava um futuro violento, onde a convivência entre humanos e os novos super-heróis tornam-se cada vez mais difíceis, tendo como solução a volta dos antigos heróis para por ordem na casa. Elas foram republicadas no ano de 2004 aqui no Brasil pela Panini Comics, sendo que Marvels foi lançada em comemoração aos seus 10 anos de lançamento, em uma edição de luxo.

A principal diferença, no que diz respeito à história, entre as duas mini-séries reside na esperança. Enquanto em Marvels têm-se uma visão deslumbrante e mitológica sobre os super-seres. Em O Reino do Amanhã o que se vê é o pessimismo e a falta de fé dos heróis. O que une essas duas histórias são a qualidade do roteiro e as excelentes pinturas, que juntas apresentam uma trama muito bem elabora e desenvolvida, que nas mãos erradas se tornaria um eminente fracasso. Mas o que vêm as nossas cabeças, enquanto leitores é a grande diferença entre como as duas obras são feitas, o tom predominante nelas. Enquanto Marvels possui tons mais vivos, celebrantes e, até mesmo alegres, O Reino do Amanhã demonstra tons obscuros, depressivos e sem perspectiva, um claro exemplo disso é o emblema do Superman, agora sem o amarelo vibrante deu lugar ao preto (Bruce Wayne/ Batman até menciona isso a certa altura da história). Mas isso, ao contrário do que se possa imaginar não diminui o poder que as duas exercem sobre os leitores, é o oposto, só faz alimentar o fascínio e a admiração pelos personagens de ambas e, também, pelos seus artistas responsáveis.

4 comentários:

Anônimo disse...

Apesar de não ser um fã nato de animes, gostei da sua visão sobre tudo e todos.

TIAGO ENES disse...

Texto Muito Bom!!


Abraço!


Tenha um ótimo Final de Semana!

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http://tiagoenes.blogspot.com/

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^^

Jéss disse...

Oii!
te vi na comu do blogger.
vou passar sempre que der por aqui ;)
beijocas

Pedro disse...

legal eu também sou um fã!!